O convite hoje é para um passeio diferente, voltando no tempo, navegando pelas águas mansas do Rio Paraguaçu. Antigamente era comum a viagem entre Salvador e Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano a 107 quilômetros da capital, de barco a vapor. Saveiros e embarcações de passageiros transportavam pessoas e mercadorias, além de gado, cana de açúcar e toda espécie de ferramentas para a construção e movimentação dos engenhos de cana que povoavam, as cidades ribeirinhas às margens do Rio Paraguaçu. Um passado distante mas que frequentemente é revisitado por quem gosta de história, belas paisagens e um pouco de romantismo.
Era esse o caminho que os baianos seguiam para chegar ao recôncavo, que abastecia de frutas, verduras, açúcar e farinha a antiga Salvador. Um circuito feito há séculos pelos desbravadores de nosso sertão.
Saveiros e embarcações de passageiros transportavam pessoas e mercadorias, além de gado, cana de açúcar e toda espécie de ferramentas para a construção e movimentação dos engenhos de cana que povoavam as cidades ribeirinhas às margens do Rio Paraguaçu. Um passado distante mas que frequentemente é revisitado por quem gosta de história, belas paisagens e um pouco de romantismo.
E isso não é difícil de realizar, pois num rápido deslocamento de pouco mais de uma hora, de ônibus ou de carro saindo de Salvador, chega-se à beira do Paraguaçu, na cidade de Cachoeira e de lá mesmo se consegue passeios de barco.
No cais da cidade, a alguns metros da histórica ponte D. Pedro II, que liga à cidade de São Félix, barcos fazem viagens pelo rio, até a cidade de Maragogipe, ou às localidades de Barra e São Roque do Paraguaçu, e até mesmo para a ainda pouco explorada Baía do Iguape.
Nesse trajeto passa-se por áreas de quilombolas, antigos engenhos de cana e as localidades de Coqueiros e Najé, onde, dizem os nativos, estão os melhores guaiamuns, mariscos da região. Existem três opções de trajeto: o do Engenho da Vitória, que é a ruína de um engenho; a ida a São Francisco do Paraguaçu, onde um antigo convento franciscano resiste ao tempo, embora fechado, e tem uma curiosidade: é erguido em cima da água. E o terceiro roteiro passa por Coqueiro, povoado famoso pelo artesanato de varro e cerâmica que produz. Cada trajeto dura em média 50 minutos a uma hora, com valor a combinar.
Na volta, não deixe de fazer um passeio pela histórica cidade de Cachoeira, tombada como Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com cerca de 33 mil habitantes, Cachoeira é uma cidade tranquila e entre as atrações próprias de uma pequena cidade do interior, destacam-se a feira livre, onde encontra-se de tudo e o mercado municipal.
Bandos de jovens tomam suas praças à noite e nos fins de semana. São estudantes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). As manifestações culturais também são um ponto forte da cidade. As festas da Boa Morte, de Nossa Senhora D’ Ajuda, e o São João, estão entre os eventos mais conhecidos.
Como chegar
Saindo de Salvador existem duas opções: Por cerca de 59 quilômetros da BR-324 até chegar ao entroncamento da BA-026, que dá acesso à Santo Amaro da Purificação, município vizinho à Cachoeira. Do entroncamento até Santo Amaro são 11 km e de lá até a cidade mais 40 km.
Outra alternativa para chegar a Cachoeira é seguir pela BR-324, passando pela cidade de Amélia Rodrigues e pelo entroncamento de Conceição do Jacuípe, cidade também conhecida como Berimbau, até a entrada da BR-101, de onde vai pegar a rodovia até o entroncamento do povoado de Capoeiruçu. Esse percurso é de, em média, 30 km. De lá, desce direto, cerca 5 km, pelo vale até Cachoeira.
*** Do Terminal Rodoviário de Salvador há várias freqüências de horários de ônibus para Cachoeira.